OS SACRAMENTOS FONTES DE CURA
Pe. Darío Betancourt
4,50€
Apresentação do Autor
Jesus é o único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2,5). É o Salvador (Mt 1,21) que veio para que tenhamos vida e vida em abundância (Jo 10,10), libertando-nos de toda a escravidão e curando-nos de toda e qualquer enfermidade (At 10,38).
Jesus significa “salvação de Deus”. NEle se identificam nome e missão. Ele é a salvação. É o médico e a medicina.
Deus quis dar-nos essa medicina através de Maria de Nazaré, que com o seu “sim” se uniu de maneira indissolúvel à pessoa e missão de seu Filho, colaborando com Ele e sob Ele no empreendimento salvífico. Nesse sentido, ela é fonte de salvação ou de cura: porque nos entrega precisamente Àquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ela entrega-nos a Jesus, anuncia-O, leva-O aos outros e ajuda-nos a crer nEle. Ela traz-nos Jesus ou conduz-nos a Ele para nos levar à salvação integral.
Essa salvação realizada há quase dois mil anos, a milhares de quilómetros daqui, Deus torna efectiva e presente em todos nós através dos Sacramentos, que nada mais são do que um encontro real e verdadeiro com o próprio Jesus Cristo. O contacto com a Sua pessoa produz necessariamente a salvação.
Um sacramento é um sinal visível, instituído por Jesus Cristo, para nos dar a vida divina. Isto é, é um sinal que contém, mostra, recorda, visualiza, dá, e comunica outra realidade, diversa dele, mas realmente presente no sacramento. É um sinal visível que torna presente uma realidade invisível.
Um exemplo pode servir para esclarecer essa definição. Com grande amor, uso num dos dedos da minha mão a aliança de minha mãe. Na sua parte interior pode ler-se: Eduardo de Carlota, 26 de Junho de 1937. Cada vez que a vejo vem-me à memória a imagem santa de meus pais. A aliança é o sinal externo que contém a entrega de um amor e o actualiza.
Assim entendido um sacramento, podemos compreender como Jesus é o sacramento do Pai. Quem Me viu, viu o Pai (Jo 14,9).
E a Igreja é o sacramento de Cristo, porque continua a Sua obra, reflectindo-O e dando a conhecer o Pai (Sacrosanctum Concilium n. 5).
Na Igreja, a Virgem Maria é o sacramento por excelência de seu Filho Jesus Cristo. Ela é o protótipo da Igreja. Ela contém-nO, reflecte-O e comunica-O.
É muito interessante notar o que o Pe. Heriberto Mühlen comenta sobre os sacramentos:
“É preciso destacar que os Sacramentos contêm objectivamente a oferta da graça benevolente de Deus, mas apenas como oferta. O Concílio de Trento diz expressamente: “Nós recebemos a justiça de Deus (e com isso a presença do Espírito Santo) conforme a medida (mensura) que o Espírito Santo outorga a cada um como quer (1 Cor 12,11), e segundo a disposição e cooperação próprias de cada um (DZ 1529). Por conseguinte, na recepção de um sacramento, são possíveis diversos graus de intensidade, segundo a disposição e abertura de cada um.
O facto de se dar na recepção de um sacramento uma experiência pessoal e inclusive emocional da presença do Espírito Santo depende, portanto, da abertura e disposição de cada um.
Por conseguinte, a recepção de um sacramento não é, de modo algum, um acontecimento automático ou, menos ainda, mágico, mas absolutamente pessoal. Se a tradição católica destaca que os sinais sacramentais agem “ex opere operato”, ou seja, pela própria acção sacramental que se realiza, isso quer dizer simplesmente que a oferta salvífica de Deus é independente da medida de intensidade com a qual o ministro realiza o sinal sacramental.
Deus não faz com que a Sua oferta salvífica dependa das possíveis ou reais limitações morais daqueles a quem convocou para que sirvam de mediadores da Sua salvação.
Certamente que a sua santidade e entrega pessoais não deixam de estar totalmente vinculadas à recepção dos sacramentos (ou seja, em relação à disposição pessoal daquele que recebe o sacramento), mas não são decisivas para a oferta salvífica de Deus como tal.” (Heriberto Mühlen. El Espirito Santo en la Iglesia, pp. 351 s.).”
Uma vez realizado o sinal sacramental, Deus torna-Se presente através dele. Isso acontece por uma promessa livre de Deus, e não por que o próprio rito Lhe faça violência.
Mas, naturalmente, de nada vale que Deus Se torne presente se o homem não Lhe abre as suas portas. Por isso, juntamente com o ex opere operato há que destacar também as palavras do Concílio de Trento ex opere operantis (em virtude da preparação, disposição e expectativa de fé dos que os celebram). O sacramento não é uma coisa que actua automaticamente, é um encontro entre Deus e o homem que, para que se realize bem, exige a colaboração de ambas as partes.
Os sacramentos não dispensam ninguém de seguir a Cristo, mas celebram a vida de seguimento e precisamente por isso evitam a paralisação do crente, como diz S. Leão Magno: “É preciso completar na própria vida o que se iniciou na celebração do sacramento” (Sermão 70,4).
Talvez, pelo facto de não viverem isso, existem, por toda a parte, pessoas que, depois de passarem anos e anos recebendo com bastante frequência os sacramentos, não se caracterizam pelo amor aos irmãos.
O que caberia pensar acerca da doutrina da santificação progressiva que não se nota nem se vê no comportamento das pessoas?
Todos os sacramentos nos comunicam a vida de Deus em plenitude. Deus vem ao nosso encontro nos sacramentos mais importantes da vida:
– Baptismo: dando a graça de que necessitamos;
– Confirmação: fortifica a vida e permite-nos ser testemunhas com poder;
– Eucaristia: alimento espiritual;
– Reconciliação: recupera-nos para a vida perdida;
– Unção dos doentes: proporciona a saúde aos doentes;
– Ordem sacerdotal: confirma-nos com Cristo, cabeça da Igreja;
– Matrimónio: proporciona a unidade e enriquece o amor.
Todos os sacramentos nos comunicam Jesus (Eucaristia) e com Ele e nEle a Sua salvação completa: cura espiritual e saúde física.
Nós, os sacerdotes, deveríamos preparar mais o povo de Deus para esse aspecto dos sacramentos.
Em muitos dos testemunhos que ilustram os diferentes capítulos deste livro, podem ver-se as abundantes bênçãos de Deus que as pessoas receberam quando se prepararam com seriedade e consciência para o que iam receber.
Em alguns testemunhos, procurei mudar o nome das pessoas, as datas e lugares, para não expor ninguém.
OS SACRAMENTOS FONTES DE CURA
ÍNDICE
1- Prólogo. 5
2 – Maria 9
1 – O dever de Maria 9
2 – Maria na Bíblia 12
3 – Maria Co-Redentora 16
.4 – A cura de Maria 17
5 – Maria Medianeira 18
6 – Maria e o culto 20
O culto litúrgico 20
Piedade popular e santuários marianos 23
O Santo Rosário 25
Como rezar o Rosário 26
O Rosário no Espírito 26
7 – Maria e suas Aparições 27
3 – O Batismo 31
1 – O que é 31
2 – O ritual do Batismo 32
3 – Símbolos batismais 35
4 – Testemunhos 38
4 A Reconciliação 42
1 – História do sacramento 42
2 – Aplicações práticas 53
3 – Decreto da renovação do sacramento 60
4 – O novo ritual 62
5 – Três momentos de graça 64
Momento do perdão 65
Momento de libertação 66
Momento de cura 68
6 – Testemunhos 69
5 – A Eucaristia 72
1-Rito de entrada 73
2 – Liturgia da Palavra 75
3 – Liturgia da Eucaristia 78
4 – Rito da comunhão 79
5 – Rito de conclusão 81
6 – Testemunhos 82
6 -A Unção dos Doentes 88
1 – História do sacramento 88
2 – Decreto apostólico 90
3 – Mudança do novo Ritual 94
4 – A Unção como Sacramental 96
5 – Testemunhos 99
7 -A Ordem Sacerdotal 102
1 – O que é 102
2 – Enfermidades 103
3 – Ministros de saúde 112
4 – Conselhos de um velho sacerdote a um jovem
sacerdote 113
5-Testemunhos 115
8 – O Matrimónio 118
1 – O que é 119
2 – Amor matrimonial e cura 120
3 – Enfermidades 121
4 – Ministros de saúde 125
5 – A oração familiar 126
6 – Bênção dos cônjuges 128
7 Louvor à esposa 129