ADORAR O SENHOR

ADORAR O SENHOR!

Emília Martins
Ensinamento em Sta. Isabel a 12 Out 13

Ap 5,13.   Ap 7,9-12

A adoração é a vocação fundamental do Homem.
A reverência a Deus faz parte das almas pequenas, simples e humildes..
Pelo dom da fé, que recebemos no baptismo, descobrimos a realidade desta vocação; descobrimos a presença de Deus nas Hóstias consagradas por todo o mundo, mas também descobrimos a nossa dignidade profunda de criaturas que Deus escolheu como Sua morada, como Seu templo.
A partir da Encarnação do Verbo de Deus no seio de Sua Mãe, Maria Santíssima, o coração de Deus habita no coração do Homem.

O empenho e a vontade de adorar a Deus nos sacrários de todo o mundo, torna-nos cada vez mais convictos de sermos nós em primeiro lugar, o Sacrário do Deus Vivo, onde podemos adorar em Espírito e em Verdade.

E quando temos esta certeza no coração, a vida muda. Experimentai fazer adoração, 15 minutos por dia, e a vossa vida mudará.
Se as famílias redescobrissem Deus – a adoração a Deus – as famílias estavam salvas. Como afirmou o Papa, no Sínodo dos Bispos, falando dos desafios pastorais da família, “na época em que vivemos, a evidente crise social e espiritual, torna-se um desafio pastoral.”

A adoração tem um poder excepcional sobre os nossos corações, porque tem o poder de salvar. É Deus escondido no sacrário a curar-nos os pecados, as feridas, as tristezas, as doenças de que a sociedade sofre e que estão no mundo. Esses males levam as famílias à destruição. E morrendo a família, tudo morre.

Talvez seja este o grito de Jesus hoje: multipliquem-se os adoradores, multipliquem-se as adorações em Espírito e em Verdade. Só com a adoração se abrirão os olhos e desentupirão os ouvidos.
A adoração constitui a solução de todos os problemas. O mundo diz o contrário, quer sufocar-lhe o valor, mas não consegue, porque a adoração é o próprio Jesus. Jesus no meu coração, em todos os corações, Jesus na Hóstia Consagrada.

É possível obter tudo na adoração, porque é o próprio Jesus que nos ensina. A pregação jamais pode substituir a adoração.
Quantas conversões acontecem nos momentos de adoração. Que felicidade saber entender que Deus nos ama. Sentir o amor misericordioso de Jesus.  Que força, que alegria, que libertação, que fé! A fé que move montanhas. E quando esta força nos leva ao confessionário, que leveza, que brancura, que paz, a paz que invade todo o meu ser, que canta: ” Toda a terra Vos adore Senhor, e entoe hinos ao Vosso Nome, ó Altíssimo.”

Quantos testemunhos sabemos e ouvimos de verdadeiros milagres pela adoração. Quantos jovens encontraram a esperança quando estavam desesperados. Quantos jovens se sentiram amados e perdoados por Deus, encontrando a liberdade e a felicidade. Quantos que andavam perdidos, encontraram um caminho, uma vocação, uma conversão radical, quando encontraram verdadeiramente Jesus.

Não são precisas mais palavras para compreender o valor da adoração, que se torna não somente repouso espiritual, mas também físico.

Meus irmãos, quando vos sentirdes fracos na fé, perdidos no caminho, recorrei com frequência ao sacrário, recorrei à Eucaristia, e ser-vos-á renovado o milagre da vida, o milagre da alegria. Jesus está sempre à nossa espera para nos trazer de novo à vida, uma Vida em abundância.
Meus irmãos, a fé não é um refúgio para gente sem coragem, mas a dilatação da vida. A fé leva-nos a descobrir o Amor de Deus, e o amor ao próximo. O seu fundamento está em perceber a fidelidade de Deus, que é mais forte do que toda a nossa fragilidade.

Dá-nos Senhor, fome desta intimidade”   

O Espírito vai-nos transformando nestas adorações comunitárias, disso todos temos a certeza! Um dos frutos imediatos é a alegria. Quando acabamos (com dificuldade e pena!) temos sempre que cantar um ou mais cânticos alegres, e ao sair, todos os outros notam a nossa algazarra, as nossas piadas alegres, seguramente a “embriaguez do Espírito!”.