Imitar Jesus
Ser homem não chega; é preciso querer ser santo.
Jesus Cristo é Homem e Deus.
Na Santa Missa o sacerdote pede: “Pelo mistério desta água e deste vinho possamos participar da divindade do vosso Filho, que se humilhou e dignou assumir a nossa humanidade.”
Cristo continua Homem porque se oferece em carne e sangue para que O comamos, e é Deus, porque é filho de Deus Pai, sentado à Sua direita intercedendo constantemente por nós.
E hoje, Cristo, no outro, também quer continuar a ser homem. Quer que O vejamos na humanidade do outro.
Na Sua vida terrena Cristo mostrou esta dualidade, teve reações humanas, e teve comportamentos divinos. Muitos não compreendem esta dimensão ainda actual.
Mas o cerne, a fonte deste mistério central para o cristão, está na Eucaristia.
A Comunidade, o Corpo de Cristo, encontra-se aí para celebrar, louvar e agradecer ao Seu Deus, alimentar-se dEle, ser abençoada e transformada.
É uma oportunidade que se repete, mas é única e essencial. Não é um espetáculo, um falar, cantar, um vestir bem. É uma vivência pessoal e comunitária essencial e vital, de que somos indignos, mas que nos pode transformar rumo à divindade. “Comungando destes preciosos e sublimes bens, tornamo-nos participantes da vida divina”
No mundo somos humanos mas podemos aspirar à divindade. Cristo, chamando-nos de bem-aventurados, ensinou-nos um caminho humano que nos orienta para a santidade.
Carregar a nossa cruz, discernindo a partir dela a vontade do Pai, é imitar Jesus que também carregou a Sua, em total obediência.
Entregar-nos e confiar em Deus é obra do Espírito Santo que nos ensina e ajuda com o discernimento, espiritual e humano. Amar é divino porque Deus é amor.
Que o Espírito Santo nos ajude a assumir o homem novo, espiritual, que saiu do homem velho carnal, porque aprendeu a amar com a vontade de Deus. Que não deixou de ser homem, mas que tem cada vez mais sede de ser santo!
Antonio Macedo, Pneumavita